Concurso Mediação e Linguagem 2019 - Categoria Podcast
O Podcast é uma interpretação do poema Meu Sonho escrito
por Alvares de Azevedo e publicado no Livro Lira dos Vinte Anos em 1853, postumamente
a morte do poeta.
A interpretação procura trilhar o suspense gradativo do
poema. Inicialmente é silencioso e vai crescendo aos poucos. Elementos novos
vão aparecendo: um batimento cardíaco crescente está o tempo todo
presente...40, 60, 80, 150bpm; a trilha inicial é noturna com alguns grilos cantando,
a tranquilidade vai desaparecendo e dando espaço a tensão; um vento, que vai
ficando cada vez mais forte, surge junto a sons de trovoadas - ainda distantes;
um galope surge indicando que algo pavoroso começa a se aproximar; o galope
segue crescente até o ápice com a aparição do fantasma; após um forte estrondo
de trovão ouve-se o relinchar do cavalo.
Toda sonoplastia é acompanhada pelo Requiem de Mozart.
IMPORTANTE: Orientamos ouvir com fones de ouvido para uma percepção
mais rica dos detalhes.
Aguardamos ansiosamente o resultado final do concurso. A premiação esta prevista para o mês de novembro de 2019.
CRIADORES
Professores Orientadores: Erica Xavier dos Reis e Fábio Cesar de Melo
Roteiro: Letícia Rodrigues de Lima
Ilustração: Emily Barros dos Santos
Edição de áudio e vídeo: Fábio Cesar de Melo
Vozes: Denison Vinícius Silva Oliveira e João Victor Segabinassi Ribeiro de Campos
TEXTO
MEU
SONHO
EU
Cavaleiro
das armas escuras,
Onde
vais pelas trevas impuras
Com
a espada sanguenta na mão?
Porque
brilham teus olhos ardentes
E
gemidos nos lábios frementes
Vertem
fogo do teu coração?
Cavaleiro,
quem és? o remorso?
Do
corcel te debruças no dorso....
E
galopas do vale através...
Oh!
da estrada acordando as poeiras
Não
escutas gritar as caveiras
E
morder-te o fantasma nos pés?
Onde
vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro
das armas escuras,
Macilento
qual morto na tumba?...
Tu
escutas.... Na longa montanha
Um
tropel teu galope acompanha?
E
um clamor de vingança retumba?
Cavaleiro,
quem és? — que mistério,
Quem
te força da morte no império
Pela
noite assombrada a vagar?
O
FANTASMA
Sou
o sonho de tua esperança,
Tua
febre que nunca descansa,
O
delírio que te há de matar!...
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